Ás vezes, quando estendo meus pensamentos no varal, nas manhãs de julho, com o frio pincelando as imagens, pinto todos os retratos que, sorrindo acariciam meus olhos, num beijo de saudade por ter vivido justamente assim.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Calçada

Passar apressada na calçada
Não me deixa ver
Marcas deixadas no chão.

São tantos sentidos de
Seguir que não se sabe
Ao certo onde chegar.

Tantos destinos a disputar
Caminhos às vezes tão incertos.
São tantos alguéns tão sós
A querer uma busca.

Passar apressada na calçada
Não me deixa esbarrar
Com o sorriso,
o "oi" alegre e o "tudo bem?"

É um ar amarrado sempre
A preocupar

Somos todos apressados pela
Calçada a ocupar sentidos
Diferentes sem deixar
Vagas para um mesmo destino.

2 comentários:

  1. E tudo isso me fez lembrar, que estamos aqui só de passagem.

    Bjos.

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  2. E seguimos vazios, sem tempo e sem saber onde e como chegar...

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