Acordei na certeza de ter aceito o convite.
Seria um ponto de referência: com certeza chegara em boa hora.
Talvez fosse chegado o momento para conseguir respostas a perguntas tão constantes.
Coloquei-me em frente ao espelho, vendo
pronta uma imagem ansiosa para o encontro na mata.
Quando cheguei ao local, deslumbrada com a natureza estendendo toda sua majestade inteira para mim, perdi meu pensamento . Ele foi ao longe, anunciando
minha chegada para a procura misteriosa de um certo convite.
Naquele instante, ocorreu-me não lembrar
quem o teria feito, nem como o teria aceito.
Para não perder o encanto, passei a explorar o lugar fazendo-me de curiosa,
tentando afastar certa preocupação que
começava a inquietar meus ouvidos com
ruídos estranhos, sem que meus olhos
percebessem ninguém.
Veio o anoitecer. Veio a alta noite.
Perdi-me e ninguém apareceu.
Comecei a caminhar por entre a mata numa escuridão única sem saber a que lugar chegaria,
pois não havia lugar algum para chegar.
Por momento, o medo tornara-se maior que eu.Esbarrava em meio a tantas
folhagens e galhos, sentindo ferirem meu corpo, parecendo-me ser presa fácil.
Quando me libertei do embaraço, ao longe, avistei a luz.
Único sinal de direção. Passei a caminhar, depois a correr, correr sem olhar
para trás. Por mais que tentasse alcançar o rumo, não conseguia.
Cansada, sentei-me. Como a uma ordem, olhei para trás e lá estava ela - a luz.
Fiquei sem entender como era possível tamanha mudança de lugar.
Então percebi: a luz era reflexo do meu olhar a minha procura.