Ás vezes, quando estendo meus pensamentos no varal, nas manhãs de julho, com o frio pincelando as imagens, pinto todos os retratos que, sorrindo acariciam meus olhos, num beijo de saudade por ter vivido justamente assim.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Caixeiro-viajante




Joga-me a seda,
na penumbra de vela acesa.
Transparência de pano fino.
Quero linho branco, amarrotado,
terno de quem desliza no piano.
Passarei com ferro a brasa
junto com a gola engomada e
uma anágua de namorada.
Renda em peças, bordado inglês, e
um chapéu de chinês.
Tamancos bordados,
pra combinar com babados.
Colar de ouro e prata
e também muitas gravatas.
Metros e metros de algodão,
pelúcia, chita e botão...
Segue então...
Boa sorte, corre chão...

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