Ás vezes, quando estendo meus pensamentos no varal, nas manhãs de julho, com o frio pincelando as imagens, pinto todos os retratos que, sorrindo acariciam meus olhos, num beijo de saudade por ter vivido justamente assim.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sorrio

Sorrio para mim.
Sorrio de mim.
É uma brincadeira.
Parece não ter fim.

Sorrio deste sonho
que me fez sonhar.
Despertei num amanhecer
com a mente delirante.

Criei imagens,
fiz oferendas
e me deliciei com
tudo que criei.
Quando acordei,
sorri de mim.

Na imensa viagem
depositei num real
o projeto no cálculo
do coração.
Não fechou no plano.
Foi então que descobri o engano.

Sorrio de mim.
Por querer tratar assim.
A prática não combina
nem que coloque rima.

Conteúdo não é o forte.
Se dá valor ao pacote.
Agora, fico aqui.
Para acalentar
sorrio para mim.



Ensaio para um dia brega.
Da desilusão e do descaso.

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