Ás vezes, quando estendo meus pensamentos no varal, nas manhãs de julho, com o frio pincelando as imagens, pinto todos os retratos que, sorrindo acariciam meus olhos, num beijo de saudade por ter vivido justamente assim.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Algo

Algo

Os dias são lentos.
Arrastam-se como a mendigar.
Pede socorro aos ventos
como pedidos de anúncios.
Qualquer anúncio.
São momentos de ir e vir.
São esperas arrastadas como
lamentos.
É busca de um nada.
De um tudo.
Um tudo, quase nada.
Parece tão fácil achar.
Melhor não ter perdido.
Um estranho olhar fica
a meditar e não vai parar,
até encontrar o
Algo!

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